Integrante do
Conselho Estadual de Direitos Humanos na Paraíba (CEDH-PB) foram detidos na
noite da terça-feira (28) no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu
Gonçalves de Abrantes, o PB1, após um deles ter sidovisto entregando uma câmera
fotográfica para um dos presidiários. O Ministério Público Federal na Paraíba
contesta a versão da polícia.
De acordo com o
MPF, os conselheiros estavam tirando fotos dos presidiários. Pelo texto
divulgado pela Procuradoria da República na Paraíba, “o CEDH-PB sempre faz suas
vistorias com máquina fotográfica, a fim de registrar o estado dos detentos. As
fotos são publicadas, com descaracterização quando necessário, nos relatórios
do Conselho, divulgados na internet”, explicou. Segundo o MPF, os conselheiros
estavam no presídio para averiguar denúncias de torturas no presídio PB1.
Ainda na noite da
terça-feira, o procurador da República, Duciran Farena, entrou em contato com o
diretor do PB1 e disse ter sido informado que os conselheiros estavam detidos
por tirarem fotos sem autorização. “No primeiro contato, o capitão disse que
estavam presos por tirarem fotos não autorizadas. Quando informei que tirar
fotos é prerrogativa do Conselho, o capitão respondeu que a ordem de prisão não
era de responsabilidade dele. Logo em seguida, passou a dizer que não havia
ordem de prisão nenhuma. Mas não deixava ninguém sair”, afirmou o procurador.
Já segundo o
diretor do complexo, o Major Sérgio Fonseca, os policiais militares
presenciaram a entrega e a devolução da câmera e o ato foi até filmado. Segundo
ele, há uma legislação específica para a proibição da entrada de celulares em
unidades prisionais, mas que máquinas fotográficas também não são permitidas.
"Os conselheiros possuem autorização para fotografar e filmar o presídio,
até mesmo para elaboração de relatórios, mas não podem entregar câmeras,
celulares e outros equipamentos para os detentos" disse.
Os conselheiros
seguiram do PB1 para a 9ª Delegacia Distrital, onde registraram um boletim de
ocorrência, prestando queixa contra os policiais militares que os mantiveram
detidos no PB1. O presidente do Conselho, Padre Bosco também compareceu à
delegacia. O caso será investigado pela Secretaria de Administração
Penitenciária.
Fonte: g1
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